RARA

residências

2014  1ª EDIÇÃO 

A primeira edição da residência, incluída na 3ª edição do Walk&Talk - Festival de Artes, foi um momento laboratorial em que se tentou mergulhar no artesanato açoriano, perceber quais eram os artesãos existentes em São Miguel, as técnicas e materiais disponíveis/trabalho que era desenvolvido de forma a testar um cruzamento de saberes/territórios. Os participantes eram maioritariamente açorianos ou residentes nos Açores e os trabalhos eram desenvolvidos num edifício no centro da cidade de Ponta Delgada, ‘casa’ do Festival. O espaço era visitável e a intenção foi que a residência fosse visível e acompanhada pelo público em geral. Contou com a participação dos criativos Carolina Brito, Mafalda Fernandes, Rui Freitas e Simone Ponte em colaboração com os artesãos Fátima Andrade (escama de peixe/bordado) e João Andrade (vime). 


© Rui Soares


©Sara Pinheiro





2015
 2ª EDIÇÃO 

A segunda edição da residência, incluída na 4ª edição do Walk&Talk - Festival de Artes, apostou na escolha de criativos de Portugal Continental e introduziu a tecelagem, juntamente com as técnicas/materiais que já tinham sido explorados na primeira edição (bordado, escama de peixe, vime). Foi introduzido também um momento de pesquisa e de conhecimento do território, de modo a que os trabalhos desenvolvidos fossem beber a essa identidade regional. Contou com a participação dos designers Célia Esteves, Júlio Dolbeth, Carolina Brito, Rui Freitas, Susana Bettencourt em colaboração com os artesãos Fátima Andrade (escama de peixe/bordado), João Andrade (vime) e as Tecedeiras da Maia (Jacinta Teixeira, Maria Pimentel, Veneranda Silva). 


©Rui Soares


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©Sara Pinheiro


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016  3ª EDIÇÃO 

A terceira edição da residência, incluída na 5ª edição do Walk&Talk - Festival de Artes, introduziu a madeira e a pedra de basalto. Juntou criativos portugueses com criativos internacionais, o que levou a um salto quantitativo e qualitativo da residência. Foi o momento da sua consolidação. Contou com a participação dos criativos Bartek Mejor, Pedrita Studio, Rui Vitorino dos Santos e Sam Baron, em colaboração com os artesãos Horácio Raposo (madeira, Idalina Negalha (escama de peixe), João Andrade (vime) e com a unidade de produção artesanal Cerâmica Vieira. Contou ainda com o  apoio da Oficina-Museu das Capelas e dos Herdeiros Agostinho Ferreira Medeiros, Lda.



@Rui Soares 


@Rui Soares


©Rui Soares



@Rui Soares


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@Sara Pinheiro

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017  4ª EDIÇÃO 

Na quarta edição da residência, incluída na 6ª edição do Walk&Talk - Festival de Artes, houve uma mudança de lugar de trabalho, o que originou um certo distanciamento das dinâmicas do Festival e da visita de público, até então muito presentes no quotidiano dos trabalhos. A perda da casa-mãe do Festival, um edifício no centro da cidade de Ponta Delgada, obrigou a residência a deslocar-se para a Quinta do Priôlo, no limite da cidade. No entanto, esta mudança permitiu uma melhoria de condições de estrutura/trabalho, já que a Quinta possui um espaço de oficina próprio e teares. Foi criada uma parceria com a Embaixada dos Estados Unidos, o que permitiu a presença de criativos oriundos desse território. Contou com a participação dos criativos Braúlio Amado, Brian Thoreen, Leo Nguyen e WSDIA em colaboração com os artesãos Alcídio Andrade (vime), Horácio Raposo (madeira), Fátima Andrade (tecelagem), Idalina Negalha (escama de peixe) e com a unidade de produção artesanal ARRISCA - Associação Regional de Reabilitação e Integração Sócio-Cultural dos Açores.



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018  5ª EDIÇÃO 

A quinta edição da residência, incluída na 7ª edição do Walk&Talk - Festival de Artes, continuou a contar com o apoio da Embaixada dos Estados Unidos e continuou a ser realizada na Quinta do Priôlo. Contou com a participação dos criativos Caroline David, Kurt Woerpel, Nicole Shinn, Tim Lahan e UVA em colaboração com os artesãos Alcídio Andrade (vime), Horácio Raposo (madeira), Fátima Andrade (tecelagem), Idalina Negalha (escama de peixe) e com a unidade de produção artesanal ARRISCA - Associação Regional de Reabilitação e Integração Sócio-Cultural dos Açores. 




2019 
6ª EDIÇÃO 

A sexta edição da residência, incluída na 8ª edição do Walk&Talk - Festival de Artes, foi um ponto de viragem na curadoria da residência. Se até então os criativos convidados eram profissionais de diferentes áreas - que dava um carácter muito experimental às residências -, a partir de 2019 passaram a ser convidados apenas profissionais ligados à área de design de produto/industrial, para além de ter havido uma redução do número de participantes e de técnicas/materiais artesanais envolvidos, com o objectivo de haver um foco maior no ‘design thinking’ e numa concretização mais atenta e cuidadosa das peças. Foi também o ano em que foi apresentada pela primeira vez uma retrospectiva dos primeiros cinco anos da RARA, no Centro Comercial Parque Atlântico em Ponta Delgada, com uma estrutura expositiva desenhada pelo arquiteto Nuno Castro Paiva. A residência contou com a participação dos designers Filipe Alarcão e Soraia Gomes Teixeira, em colaboração com os artesãos Alcídio Andrade (vime) e Horácio Raposo (madeira).



2021 
7ª EDIÇÃO

A sétima edição da residência, incluída na 9ª edição do Walk&Talk - Festival de Artes seguiu os moldes da edição anterior, acrescentado duas novidades : uma visita prévia realizada dos designers a São Miguel, com o intuito de haver um primeiro contacto com o território e com os artesãos, o que permitiu uma maior familiaridade com os processos e o desenvolvimento de ideias antes do início da residência. O espaço de trabalho voltou a mudar, desta vez para a nova sede da Anda&Fala - Associação Cultural, a vaga - espaço de arte e conhecimento, o que voltou a aproximar os trabalhos da dinâmica do Festival e do público em geral.  Contou com a participação dos designers Eneida Lombe Tavares e João Xará, em colaboração com os artesãos Alcídio Andrade (vime), Horácio Raposo (madeira) e Mary Ann Melo (tecelagem).




2022  8ª EDIÇÃO 

A oitava edição da residência, incluída na 10ª edição do Walk&Talk - Festival de Artes, seguiu os moldes da edição anterior. Contou com a participação do coletivo MACHEIA e do designer Octávio Barrera, em colaboração com os artesãos Alcídio Andrade (vime) e Horácio Raposo (madeira).



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022  RARA/ARAR

Em novembro de 2022, a RARA foi convidada pelo circuito cultural interdisciplinar Lava Circular a deslocar-se à ilha de El Hierro, Canárias, com a finalidade de realizar a primeira Residência Inversa ARAR - RARA. 
Os principais objetivos deste intercâmbio consistiram na preservação e promoção das técnicas artesanais das Canárias e dos Açores, criando um espaço de experimentação e conhecimento partilhado que tenta chegar às novas gerações através de uma abordagem de design contemporâneo. 
O curador do projeto, Miguel Flor, juntamente com a designer e artista açoriana Alice Albergaria Borges colaboraram durante dez dias com a artesã e artista canária Beatriz Ballester, apresentando os resultados numa mostra levada a cabo no Museu de Arte Contemporânea de El Pinar, no segundo dia do circuito Lava Circular.



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023  9ª EDIÇÃO

Em 2023, pela primeira vez após 8 edições, a RARA viajou até Santa Maria, onde durante duas semanas as artesãs Aida Bairos e Marina Mendonça colaboraram com os designers Ivo Oliveira Rodrigues e Margarida Lopes Pereira, sob a mentoria do curador Miguel Flor.
Os participantes puderam entrar em contacto com o trabalho das artesãs e conhecer as diferentes técnicas e materiais disponíveis, assim como o território de Santa Maria. As particularidades da ilha, os seus costumes e saberes, a simpatia e abertura das suas gentes foram ponto de partida para dias de trabalho intenso, onde ideias e esboços iniciais se adaptaram a diferentes técnicas de preparação e maneiras de trabalhar, cruzando o barro, espadana e vime. O espaço de trabalho recebeu visitas de amigos, vizinhos e curiosos. Alguns dos objetos produzidos são agora comercializados e fazem parte do catálogo da marca RARA, o que permitirá a criação de conhecimento e visibilidade contínua para o concelho de Vila do Porto, situando-o na vanguarda do cruzamento de práticas contemporâneas com o saber ancestral. 
Os resultados da residência foram apresentados ao público na igreja de Nª Sra das Vitórias. Esta edição ‘fora de portas’ da residência contou com o apoio do Município de Vila do Porto.